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O Caçador Tracker
August 13, 2020

Pesquisa aponta queda em roubos e furtos de veículos em SP na pandemia

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Pesquisa aponta queda nos casos de veículos roubados em SP em 2020


Uma data ficará em nossa memória: quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020. Foi neste dia que o primeiro caso do novo coronavírus foi confirmado no Brasil. A partir de então, o número de casos apresentou um crescimento exponencial e com ele diversas consequências - isolamento social, diminuição da atividade econômica e aumento do desemprego, com mais destaque. Mas e quanto à criminalidade? 

Na 17ª edição do Boletim Econômico Tracker-FECAP, fizemos análises quadrimestrais, ou seja, iremos comparar o acumulado dos quatro primeiros meses de 2020, frente ao mesmo período (acumulado) de 2019. O estudo deste corte temporal nos trará os efeitos da pandemia nos indicadores do crime. 

Com isso, esperamos ajudar a compreensão sobre como a pandemia vem influenciando toda a sociedade, incluindo a criminalidade. Boa leitura!

Panorama do crime em SP durante a pandemia

Para começar a nossa análise, é interessante conferir um panorama geral dos crimes que aconteceram no Estado de São Paulo desde que a pandemia atingiu a nossa sociedade. 

Segundo dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de SP (SSP-SP), temos ao menos algumas boas notícias nesse período difícil. As taxas de estupro e de estupro de vulneráveis caíram em 10,84% e 12,73%, respectivamente. 

No entanto vale ressaltar que, apesar da queda, os estupros de vulneráveis continuam sendo os casos majoritários, sendo 2.619 casos durante os quatro primeiros meses deste ano.

O número de vítimas em homicídio doloso apresentou aumento de 4,22%, todavia, as tentativas de homicídios reduziram em 6,70%. Já as ocorrências do número de vítimas em latrocínio apresentaram aumento de 28,57%. 

Através da análise dos dados, ainda foi percebida uma queda significativa nas lesões corporais dolosas, que reduziram em 16,27%. Vale ressaltar, mais uma vez, que as comparações foram feitas entre o primeiro quadrimestre deste ano com o mesmo período do ano passado. 

Roubos e furtos de veículos em SP na pandemia

Podemos perceber que as taxas de roubo e furto de veículos reduziram expressivamente, com quedas de 21,25% e 20,62%, respectivamente. Fazendo a mesma análise para roubos de carga, percebemos o mesmo comportamento com a queda de 12,84% nas ocorrências registradas.

Os roubos e furtos em outras ocorrências apresentaram 80.588 e 144.701 casos, respectivamente, para o primeiro quadrimestre de 2020. Apesar do alto número, observa-se uma queda de 0,18% e 20,09%, respectivamente, quando comparamos ao mesmo período de 2019.

Analisando os últimos dados divulgados (abril de 2020) com o mês imediatamente anterior, percebemos reduções em todos os tipos de ocorrências.

O mesmo comportamento, e até com maior grau, é observado na comparação entre os meses de abril de 2020 e abril de 2019, com a exceção para as ocorrências referentes ao número de vítimas em homicídio doloso, que apresentaram um aumento de 3,44%.

“Com o decreto de quarentena no Estado de SP, desde março de 2020, os movimentos nas ruas reduziram substancialmente, o que levou também a uma menor oportunidade para o criminoso cometer roubos e furtos.”


O que podemos constatar com os números de roubos e furtos de veículos na pandemia?

Já não é uma novidade que as ocorrências envolvendo furtos e roubos de veículos e cargas vêm diminuindo no estado de São Paulo e no país como um todo. Porém, neste ano, por conta do efeito da pandemia, o primeiro quadrimestre apresentou uma redução ainda mais acentuada, em uma comparação direta com o mesmo período de 2019.  

Dentro da Tracker, nosso time de operações vem observando atentamente o comportamento dos criminosos durante o período de quarentena. Notamos que, em decorrência da menor exposição de veículos nas ruas, os bandidos não estão “deixando de trabalhar”, mas sim, mudando o seu modus operandi. 

Analisando os dados e ocorrências atendidas pela Tracker nos últimos tempos, constatamos um aumento no número de furtos, culminando inclusive com um crescimento da representatividade desta forma de delito em relação aos roubos. 

Os furtos geralmente se caracterizam por não serem crimes de oportunidade, além de apresentarem uma pena mais branda perante à lei brasileira, o que colabora para essa mudança de comportamento. 

Outro indicador que apresentou uma queda brusca no total de ocorrências diz respeito ao segmento de transportes de cargas. Apesar do terrível impacto que a pandemia impôs sobre a economia, talvez este setor não tenha sido tão duramente afetado quanto os demais, sendo assim o que poderia justificar a diminuição dos roubos de cargas? 

Uma das possibilidades envolve a drástica mudança envolvendo as indústrias brasileiras, que de forma geral, reduziram consideravelmente a produção de bens, afetando de forma direta a distribuição e o transporte de produtos pelas estradas e rodovias do país. 

Mesmo assim, é importante destacar que a redução nos índices de roubo de carga não está totalmente relacionada aos roubos de veículos pesados, que passaram a ser o foco dos bandidos neste período de pandemia, já que a exposição dos veículos leves diminuiu. 

Outra hipótese a se considerar é o constante investimento em tecnologia e segurança que as empresas realizam a fim de proteger seus carregamentos e transportes, com soluções em rastreamento e monitoramento, e por fim, um ponto crucial que é percebido por nossas equipes, que é uma atuação maior e mais presente das autoridades por todos os estados da Federação.

Continuamos, assim, atentos ao comportamento do crime, adaptando e atualizando nossas estratégias, para que, com o apoio das autoridades, possamos impedir o avanço e o sucesso do mundo do crime.

Análise detalhada dos roubos de veículos durante a quarentena em SP

De acordo com os últimos dados da Secretaria de Segurança Pública do estado (SSP-SP), os roubos registrados no mês de abril de 2020 somaram 2.217 casos, uma queda de aproximadamente 30,35% em comparação a março deste ano. 

Quando a análise é feita com o mesmo período de 2019, a queda é ainda maior, de 45,53%. Todavia, nos quatro primeiros meses de 2020, os acumulados das ocorrências registradas chegaram a marca de 12.304 roubos.

Analisando as ocorrências por tipo de veículo, neste primeiro quadrimestre de 2020, observa-se que os roubos de automóveis representaram quase metade dos registros, com 49,61% dos casos. Em seguida aparecem roubos de motociclos (26,25%) e caminhonetes (6,53%). 

As menores ocorrências para o período acumulado foram relacionados a “motor homes” e ciclomotores, com apenas 0,01%.


Através dos dados obtidos, também é possível averiguar os períodos em que os crimes deste gênero ocorreram. No primeiro quadrimestre do ano, quase metade dos roubos de veículos aconteceu à noite, chegando a 48,28% dos casos.

Como é possível observar no gráfico acima, as ocorrências nos demais períodos se dividiram de forma equilibrada. Essa análise indica uma mudança de comportamento da criminalidade, uma vez que no mesmo período, em 2019, os roubos eram realizados em sua maioria, 27,9%, pela manhã, enquanto 25,2% eram efetuados à noite.

Análise geográfica dos roubos de veículos na pandemia

Em uma análise geográfica, vemos os dados filtrados de acordo com as cidades, bairros e endereços com maior incidência de roubo de veículos, acumuladas entre os meses de janeiro e abril de 2020.

As informações destacadas apontam que a capital paulista foi a cidade que apresentou o maior número de ocorrências no estado, com 42,66% do total. 

O ranking dos 10 municípios com mais roubos de veículos em São Paulo trazem ainda:

  • São Paulo (42,66%)
  • Campinas (5,33%); 
  • Guarulhos (4,18%); 
  • São Bernardo do Campo (2,92%); 
  • Santo André (2,79%); 
  • Diadema (2,74%); 
  • Mauá (1,97%); 
  • Osasco (1,64%); 
  • Itaquaquecetuba (1,55%)
  • Suzano (1,35%)

Destaca-se que Suzano figurava na 12ª posição no mesmo período de 2019. 

Vale observar que desta lista quatro cidades pertencem à região do Grande ABCD, composta por sete municípios. Além disso, apenas uma das cidades listadas não faz parte da chamada Grande São Paulo.

Em todo o estado, independente da cidade, os 10 bairros que apresentaram mais roubos de veículos no período foram: 

  • Sacomã/capital (2,89%); 
  • São Mateus/capital (2,70%); 
  • Iguatemi/capital (2,44%); 
  • Ipiranga/capital (2,44%);  
  • Itaquera/capital (2,32%); 
  • Cidade Ademar/capital (2,21%); 
  • Jardim Colina / São Bernardo do Campo (2,09%); 
  • Sapopemba/capital (1,99%); 
  • Jabaquara/capital (1,95%) 
  • Itaim Paulista/capital (1,93%).

A concentração de ocorrências, portanto, aconteceu nas regiões Leste e Sul da capital, com uma surpreendente 7ª posição de um bairro de São Bernardo do Campo, entre os bairros de todo o estado de São Paulo com mais roubos de veículos.

Finalizando essa etapa do estudo, foram analisados os 10 logradouros com maior incidência de roubos no estado, com destaque para a Avenida Aricanduva, uma das mais importantes vias da Zona Leste da cidade de São Paulo.  


Dados de furtos de veículos em SP durante a quarentena

De acordo com os últimos dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), foram registradas 3.946 ocorrências em abril de 2020, uma queda de aproximadamente 31,87% em comparação a março deste ano. Analisando o mesmo período do ano passado, observa-se que a queda é de 49,29%.

O acumulado de furtos de veículos neste primeiro quadrimestre de 2020 ficou em 23.775 boletins de ocorrências.

Analisando os furtos por tipo de veículo*, observa-se que mais da metade das ocorrências registradas nos quatro primeiros meses do ano foram com automóveis (69,86% dos casos), seguidos de furtos de motocicletas (20,63%) e caminhonetes (3,90%).

*Os boletins de ocorrência analisados para as pesquisas mais específicas sobre furto de veículos (períodos, locais, tipos de veículos) apresentados neste material correspondem a 80% das ocorrências declaradas pela Secretaria de Segurança Pública-SSP.


Diferente do que foi constatado nos casos de roubo, os furtos de veículos, no primeiro quadrimestre de 2020 no estado de São Paulo, não aconteceram predominantemente em um período específico do dia. 

Os dados apontam que 27,81% das ocorrências aconteceram pela manhã, percentual muito próximo aos casos de furtos à noite, 26,79%, e dos que ocorreram à tarde, 24,96%. Furtos de veículos na madrugada e em hora incerta ou indeterminada registram 15,74% e 4,70% das ocorrências, respectivamente.

Análise geográfica dos furtos de veículos na pandemia em SP

Em comparação direta com os roubos, o topo da lista não sofreu alteração. A capital paulista também apareceu na primeira posição do ranking de furtos de veículos, com 39,45% do total de ocorrências registradas. 

O destaque negativo vai para a cidade de Santo André, que passa a ocupar a segunda posição, com 4,63% dos furtos de veículos do estado no período. O munícipio de Campinas, com 3,58% dos registros figura em terceiro lugar. 

O Top 10 completo das cidades com maiores índices de furtos no estado de SP é o seguinte:

  • São Paulo (39,45%);
  • Santo André (4,63%);
  • Campinas (3,58%);
  • Guarulhos (2,94%); 
  • Osasco (2,75%); 
  • São Bernardo do Campo (2,04%); 
  • Mauá (1,77%); 
  • Americana (1,60%); 
  • São José dos Campos (1,55%) 
  • Sorocaba (1,28%). 

Desta forma, são três cidades do Grande ABCD, duas da região metropolitana, além da capital, e mais quatro do interior. Cabe destacar ainda que, em 2019, a cidade de Americana se encontrava na 17ª posição do ranking nesse mesmo período. 

As mudanças de posições, entretanto, não representam aumento no número de furtos. A redução no registro de ocorrências neste caso foi menor em comparação a outras cidades.

Aumentando ainda mais o nível de detalhamento, os dez bairros com maior incidência de furtos de veículos no período estão todos localizados na capital paulista. Sendo eles:

  • Ipiranga (2,50%); 
  • São Mateus (2,43%); 
  • Sapopemba (2,16%); 
  • São Lucas (2,04%); 
  • Penha (1,99%); 
  • Tatuapé (1,93%); 
  • Vila Mariana (1,89%); 
  • Santana (1,67%); 
  • Vila Prudente (1,67%) 
  • Itaquera (1,66%). 

Ou seja, dos 10 bairros mais perigosos para furtos, 7 estão na zona leste da cidade de São Paulo. O bairro do Ipiranga que lidera a lista não sofreu aumento no número de ocorrências, ao contrário, apresentou uma redução de 26,5% no número de furtos. 

A mudança de 7ª. posição, em 2019, para liderança, em 2020, é explicada por uma redução mais expressiva no número de ocorrências dos outros bairros da capital.

Por fim, apresentamos os endereços mais perigosos do estado de São Paulo nesse período. De forma geral, esses crimes são cometidos em vias públicas (86,11%), seguido de residências (3,57%) e comércios e serviços (2,09%). 


Os dados apresentados nesse artigo foram retirados da 17ª edição do Boletim Econômico Tracker-FECAP. Convidamos você que deseja conferir uma análise mais detalhada dessas informações, bem como as opiniões de nossos especialistas, a visitar a página e baixar o conteúdo completo gratuitamente.


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